domingo, 22 de maio de 2011

Partículas de nada misturada com coisa nenhuma.


Acordar depois de uma noite bem dormida (?) não é, às vezes, a melhor coisa do mundo.

Principalmente se a sua noite é feita de sonhos fragmentados com mil historias e pessoas ao mesmo tempo e o falecido (entende-se ex) no meio.

Porque será que a gente sempre sonha com ele na nossa noite de melhor sono? Porque quando estamos mais cansadas, nosso cobertor tá mais quente e quando a gente sente menos saudade que ele aparece no seu inconsciente?

Eu odeio quando isso acontece. Eu me sinto próxima de começar uma guerra comigo quando me olho no espelho no dia seguinte. É tão difícil aceitar o fato de que ele não faz mais parte da sua vida e quando você parece estar bem com tudo à sua volta, inclusive consigo mesma, o que é BEM difícil, ele aparece nos seus sonhos.

Mensagens estranhas, cenários antes nunca vistos, pessoas que não se conhecem de repente são melhores amigos e você se vê no meio de toda essa amalgama de situações perdida no canto observando tudo o que acontece e tentando entender o que tudo aquilo tem a ver.

Eu digo isso, porque eu realmente acredito em sonhos e significados subliminares.

O dia seguinte é uma merda. Você não sabe como lidar consigo mesma, tenta fazer cara boa pra todo mundo. E justamente nesse dia que você está completamente vulnerável, todas as pessoas do mundo estão mais carinhosas e dependentes e querem você do lado deles.

Você tem vontade de mandar todo mundo tomar naquele lugar que você sabe muito bem qual é, afinal, quantas vezes você tomou, não é?

Quantas vezes por dia, nesse dia, você se olhou no espelho por horas tentando se reconhecer ou buscando uma resposta? Nossa feição fica vazia, pensamentos vagos, demoramos pra entender as coisas.

Os sonhos são definidos como “sonhos”, se esses forem bons e “pesadelos” se forem ruins. Sonhos assim não são bons nem pesadelos, portanto, a ciência devia incluir mais um nome para eles. LOBOTOMIA. Concorda comigo? Você passa o dia inteiro apática, com cara de nada e olhando pra lugar algum. Quando alguém pergunta o que aconteceu, você lança o sorriso rivotril (já mencionado) e finge que tá tudo bem.

Gandhi diz que, “não importa o que você faça na sua vida, será sempre insignificante. Mas o importante é que você fez”.

Eu tendo a concordar com a primeira parte do provérbio.

O fato de você não poder fazer nada em relação à isso é o que me deixa mais nervosa. Não é algo que você possa evitar como um horário no dentista ou deixar algo para mais tarde, como ir ao mercado. A bosta do sonho vem quando você menos espera e te derruba.

A verdade é que não existe uma receita para mandarmos no nosso sonho. Tudo o que se passa com eles é apenas uma luta entre alguns gladiadores que temos na nossa cabeça chamados de ego e superego, mesclados com algumas imagens que você vê no dia a dia. Se o lugar é desconhecido, ele existe no seu subconsciente.

Quando essa lobotomia acontecer, tente não conversar muito com as pessoas, fique reclusa, repense algumas coisas, como o quão miserável é o seu ex e como a sua vida é maravilhosa agora que vocês não estão mais juntos destruindo o apartamento de tanta briga e discussão. Um dia reclusa e introspectiva é bom de vez em quando, e se alguém perguntar, diz que é TPM, afinal, foi pra isso que ela foi inventada.

Boa Sorte.

Liz.

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